• > Tá na Moda

    O Visual Merchandising como alma do negócio na moda

    No mercado da moda atual, muitas estratégias são importantes para envolver o consumidor com a marca. E uma ferramenta fundamental para esse processo é o Visual Merchandising. O intuito de tal prática é nada menos que oferecer ao consumidor experiências sensoriais para provocar o desejo pelo produto. O que engloba diversas técnicas, como marketing, neurolinguagem e storytelling, que ao lado do design formam uma estratégia para trabalhar o produto a ser vendido. O profissional de VM Quem se especializa na área é responsável por elaborar como contará a história da marca e dos produtos além das vitrines. É encarregado(a) de criar experiências únicas dentro das lojas e instruir a oferecer um serviço customizado aos seus clientes. Ou seja, o profissional de Visual Merchandising faz a construção de uma imagem personalizada do seu negócio através das vitrines, lojas, cenografia e etc. Assim como determina características sensoriais das lojas físicas, como a música, o perfume e os provadores. É criar um conceito sobre a marca e oferecer o seu produto como uma recompensa ao consumidor. Os projetos para o negócio Para se destacar no meio da multidão é necessário inovação. E é isso o que um projeto de Visual Merchandising tem que oferecer: criatividade! Além disso, muita pesquisa também deve ser feita para entender o seu consumidor e sua realidade como estilo de vida, do mesmo modo como o entorno na cidade em que está presente. Tudo isso influencia em como o DNA da marca vai ser exposto e como a interação com o cliente será realizada para resultar em engajamento. É importante que o profissional tenha bem claro as suas referências de criação para construir um projeto para o varejo que coloque em prática a narrativa da coleção. Lembre-se: manter-se fiel à identidade da marca é o primeiro passo a ser tomado quando um novo projeto está se iniciando. O cliente procura por uma experiência e identificação ao entrar na loja. A evolução e importância do VM Com as mudanças no mercado da moda, como o surgimento do e-commerce, o Visual Merchandising foi obrigado a se atualizar e ser cada vez mais importante nas lojas físicas. Para o varejo, hoje um bom projeto de VM é saber idealizar as vitrines que contem boas e rápidas histórias, que dê ênfase aos produtos e conceitualizem a cenografia. É criar um projeto autoral e que exprima toda a organização e dinâmica da marca. Uma coleção é contar uma história para o consumidor por meios dos produtos, dos aspectos físicos e da estratégia de marketing. O que resulta, é claro, no objetivo final que é a venda. E mais, vale ressaltar que neste novo panorama os varejistas de moda devem estar atentos a não seguir qualquer tendência pelo simples fato de ir no fluxo. Agradar todos os consumidores não resultará necessariamente em ampliar o seu público. Pelo ao contrário, pode ter o efeito inverso. Por isso, é muito importante entender o seu consumidor e o segmento em que a marca está inserida. Quanto melhor conhecer o cliente e seus desejos, mais fácil será para a marca saber como atender à esses requisitos. Estar atualizado com o mercado da moda pode ser o diferencial para qualquer profissional da área. E se especializar no setor pode ser uma forma de se destacar. Você já conhece nosso curso de Visual Merchandising? ;) Vamos compartilhar a criatividade!
  • > Marketing

    Como a Antropologia vem ajudando empresas a decifrarem o comportamento do consumidor

    A Antropologia já deixou o âmbito acadêmico e hoje tem sua atuação ampliada no mercado com os estudos de Antropologia do Consumo. Trata-se de um núcleo de pesquisas, ferramentas e técnicas voltados para entender o comportamento do consumidor e seus códigos de relacionamento com objetos, marcas e as outras pessoas. Com um desejo cada vez maior das marcas em compreenderem os clientes para entregar uma experiência de consumo mais assertiva e satisfatória, a Antropologia do Consumo ganhou seu espaço no mercado em agências de publicidade, Comunicação, Moda, Arquitetura e até entre categorias de produtos do dia a dia. Do planejamento ao lançamento de um produto, bem como no redesign de uma marca ou embalagem, as técnicas da Antropologia do Consumo encontram aplicabilidade. Entre essas técnicas está a etnografia, que consiste em coletar informações de maneira imersiva a respeito de um determinado objeto de estudo. No campo da Antropologia do Consumo, essa metodologia pode ser aplicada para entender, por exemplo, quais as motivações que um consumidor leva em conta na hora de escolher um determinando produto. Essa abordagem com o consumidor pode ser feita por meio de entrevistas, grupos focais e até observação não-participante - quando o pesquisador não interage diretamente com o objeto de pesquisa, seja um grupo específico, uma comunidade ou um determinado perfil de cliente. Outra área muito valiosa para as empresas em que os estudiosos de Antropologia do Consumo podem encontrar atuação é no desenvolvimento de relatórios de tendências de mercado. Esses materiais consistem em análises sobre as forças que atuam sobre o comportamento do consumidor e o fazem ir em uma determinada direção. Para o mundo corporativo, antever esse movimento significa ganhar espaço no mercado, se posicionar à frente dos concorrentes e até desenvolver novos produtos ou readequar estratégias de comunicação. Um exemplo interessante é o recente relatório desenvolvido pelo Spotfy for Brands com foco nos comportamento da Geração Millennial e Z. Outra forma em que os profissionais capacitados para atuar nessa área podem encontrar trabalho é em ajudar as empresas a decifrar códigos sociais e transformá-los em propostas de valor. Essas propostas podem ser traduzidas como novos atributos para um determinado produto, um outro approaching de comunicação ou até mesmo a retirada de uma informação ou item da fórmula / mix do produto que não condiga o comportamento do público-alvo. Recomendações de conteúdo sobre Antropologia do Consumo As obras abaixo são referência no assunto e servem tanto para embasamento de projetos quanto para consulta: - O Mundo dos Bens: Para uma Antropologia do Consumo - de Mary Douglas e Baron Isherwood; - Cultura, Consumo e Identidade - Lívia Barbosa e Collin Campbell; - Grant McCraken - Cultura e Consumo; - A Vida Social das Coisas - Arjun Appadurai; - Consumo: Cosmologias e Sociabilidades, Treco, Troços e Coisas; - Estudos Antropológicos Sobre a Cultura Material - Daniel Miller. Lembrando também que aqui na Escola, temos o Curso Livre de Antropologia do Consumo para quem deseja ampliar seus conhecimentos no assunto.
  • > Fala, Professor

    A importância de um DNA para as marcas de Moda

    Olá! A coluna Fala, Professor de hoje será com a professora Danielle Sousa, ela comenta sobre a importância de uma estratégia para as marcas de Moda.   Qual será o requisito fundamental para que uma marca de moda tenha sucesso? A resposta você já deve ter ouvido ou lido inúmeras vezes: DNA da marca. Pode acreditar, não se trata de um daqueles termos que vira hype e todo mundo gosta de usar para deixar o texto mais leve. Na verdade, o DNA da marca é essencial para que a marca tenha sucesso entre o seu público-alvo. Para quem ainda tem dúvidas sobre o termo, vamos simplificá-lo. Basta imaginar que uma marca precisa ter personalidade, assim como as pessoas. Neste caso, um conjunto de qualidades que definem a sua essência, algo intangível definida pela totalidade dos traços emocionais.   Defina o tipo de personalidade da marca   Foto: (Reprodução Paul Smith 2019) Algumas marcas do setor da moda são maestras no que diz respeito a DNA, personalidade. Basta tirar um tempo para observar as características de uma marca de luxo e ficará fácil reconhecer uma peça de roupa ou acessório sem precisar olhar a etiqueta. Para quem está pensando em lançar um novo produto de moda no mercado, considere essa experiência como um excelente exercício. Vejamos um exemplo, com duas marcas de moda que parecem seguir o mesmo caminho, mas que na verdade possuem personalidades diferentes. Observe as grifes Paul Smith e Vivienne Westwood. A primeira característica que faz com que elas se pareçam muito é o fato de se enquadrarem em “moda inglesa”. Também são duas marcas com um “toque diferenciado”. Porém, com um olhar mais detalhista, o DNA de cada uma delas deixará claro que as personalidades são distintas. Paul Smith reforça o estilo britânico e abusa dos elementos extravagantes, enquanto Vivienne Westwood é irreverente acima de tudo e com uma pitada anárquica.   "Quanto mais se tenta convencer alguém de comprar algo, mais se pode ter o efeito contrário. Reforçando a necessidade de criar um vínculo forte com o seu consumidor e isso se faz através da personalidade da marca."   Foto: (Reprodução Vivienne Westwood 2019) A personalidade é usada como ferramenta fundamental para construir a relação entre consumidor e marca. É através da característica da marca, que você se sentirá mais próxima, criando um laço de fidelidade. Se reconhecendo nas peças propostas pela(o) estilista da grife.   Mídias Sociais: servem para reforçar o DNA da marca   As mídias sociais ganharam papel determinante no processo de reforçar a personalidade da marca, o seu DNA. A fundadora da “Fashion’s Collective”, Elizabeth Schafield, afirma que “na mídia social, cria-se uma personalidade viva, que respira, e uma marca precisa ter implantada uma estratégia consistente para poder controlar como as pessoas percebem a sua personalidade.”   Foto: Kristian Egelund em Unsplash Foto Capa: Willspirit Sbln em Unsplash